NOVA FCSH marca presença na Expo 2025 Osaka
8 de Julho de 2025, 10:00

Nos dias 26, 27 e 28 de julho a Universidade NOVA de Lisboa marcará presença na Exposição Mundial 2025 Osaka, que está a decorrer na cidade japonesa desde 13 de abril e que se prolonga até 13 de outubro deste ano. Inserida na semana temática “Learning and Playing”, a participação da NOVA visa destacar projetos que reforçam o compromisso com a investigação, a produção de conhecimento e a transformação social. A presença da Universidade coincidirá com a última semana de aulas das escolas japonesas, potenciando a visita a este pavilhão de estudantes que possam ter interesse em continuar os seus estudos em Portugal.
Sob o tema “Oceano, Diálogo Azul” Portugal é um dos 162 países representados na Expo 2025 Osaka, afirmando-se como uma nação ligada ao mar e com um papel relevante na proteção dos oceanos e na promoção de uma economia e literacia azul. No pavilhão português, serão apresentadas soluções que se centram na conservação dos ecossistemas marinhos e o crescimento económico sustentável.
A presença da Universidade NOVA de Lisboa fortalece a sua estratégia de internacionalização da Universidade, reforçando os laços entre Portugal e o Japão. A 23 de junho, a Reitoria da Universidade assinalou a primeira iniciativa da NOVA no âmbito da sua presença na Exposição Mundial 2025 Osaka, com a inauguração da exposição “Ichi-go Ichi-e – Um momento, um encontro”.
Apresentada pelo Programa NOVA Cultura e com a curadoria de José Bértolo e Pedro Alfacinha, a exposição teve como objetivo destacar as relações entre a fotografia portuguesa e o Japão. A mostra incluiu obras de Cláudia Varejão, Alice F. Martins e Patrícia Almeida e foi acompanhada por um ciclo de cinema, no auditório da Reitoria, com a exibição dos filmes Traces of a Diary (2010), de Marco Martins e André Príncipe, Yama No Anata – Para além das Montanhas (2011), de Aya Koretzky, e Ama-San (2016), de Cláudia Varejão.
Esta ligação da NOVA ao Japão estende-se a várias áreas. No caso da NOVA FCSH, destaca-se a Cátedra UNESCO sobre o Património Cultural do Oceano, liderado pela CHAM – Centro de Humanidades. Intitulado Underwater Archaeological Chart, o projeto propõe uma nova abordagem à gestão costeira como espaço cultural marítimo e promove novas áreas de investigação arqueológica. Além disso, pretende contribuir para a proteção e valorização científica do património subaquático, com foco na ordenação do espaço marítimo e desenvolver ferramentas para integrar e gerir dados sobre o património cultural subaquático.
É também de salientar o projeto 4 Oceans, liderado pela docente da Faculdade Cristina Brito. Este é o primeiro projeto português na área das Humanidades a receber uma ERC Synergy Grant, com um financiamento de 10,4 milhões de euros. A decorrer entre 2021 e 2027, o projeto tem como objetivo avaliar a importância da vida marinha para as sociedades humanas durante os últimos dois milénios.
A NOVA FCSH marca também a ligação com o Japão através da cadeira de Licenciatura de Arte Japonesa, do departamento de História da Arte. A disciplina é lecionada por Alexandra Curvelo, Diretora da NOVA FCSH, investigadora, docente e Diretora do Instituto de História da Arte – IHA. Esta unidade curricular – a única na Faculdade dedicada, inteiramente, à cultura japonesa – tem como objetivos principais conhecer as principais áreas artísticas da arte japonesa, problematizar, neste contexto, os conceitos de “arte”, “história da arte”, “cultura visual” e “cultura material”.
O IHA tem vindo a reforçar a colaboração com o Japão de forma consistente. Para além da docência já referida, Alexandra Curvelo tem feito diversas comunicações e apresentações sobre o Japão. A título de exemplo, em 2024, participou na abertura de uma nova cátedra de estudos japoneses no México e no final do mesmo ano, participou no programa cultural da Casa Ásia, dando uma palestra dedicada aos biombos japoneses dos períodos Momoyama e Edo.
Já este ano, Madalena Matos, investigadora integrada deste centro de investigação defendeu a sua tese de Doutoramento, em fevereiro deste ano, dedicada ao tema “Nanban Armours: Cultural Transfer Processes Between Early Modern Europe and Japan”.
No campo da curadoria, a investigadora do IHA, Hannah Sigur, co-comissariou a exposição “Mundo flutuante: estampas japonesas Ukiyo-e”, apresentada no Museu Gulbenkian entre junho e outubro de 2023. Esta mostra reuniu diversas estampas japonesas que foram produzidas entre o século XVII e o século XIX alusivas aos prazeres efémeros da vida quotidiana e foi distinguida, em 2025 com o Prémio Melhor Catálogo em 2025 pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM).
Ainda sob a orientação de Hannah Sigur, a doutoranda da NOVA FCSH Beatriz Dantas foi responsável pela curadoria da exposição “O Teatro Kabuki e a Estampa Japonesa: Tradição e Transição”, que esteve patente no Museu do Oriente entre setembro e dezembro de 2024. Esta mostra apresentou cerca de um terço da coleção de 300 gravuras japonesas em xilogravura do Museu dedicadas ao universo do teatro Kabuki.
Além da investigação, a NOVA FCSH integra o Mestrado Erasmus Mundus “História na Esfera Pública” (History in Public Sphere), promovido pelo Instituto de História Contemporânea (IHC). Coordenado pela Central European University, em Budapeste, e pela Tokyo University of Foreign Studies, no Japão, e em parceria com a Universidade de Florença, em Itália, este programa aposta na articulação entre a investigação histórica e participação cívica, envolvendo instituições como museus, fundações culturais e universidades de referência.
Uma das grandes atrações do pavilhão onde estará representada a Universidade NOVA de Lisboa será a projeção “Campeões da NOVA”: um ecrã de grandes dimensões que dará destaque a figuras da Universidade que se distinguiram em diversas áreas, como comunidade, investigação, rankings, prémios, entre outros. Da NOVA FCSH, estarão em evidência Patrícia Sampaio (estudante, judoca e campeã olímpica), Marta Paço (estudante e tetracampeã mundial de Parasurfing), a investigadora Chrysi Rapanta (uma das investigadoras mais citadas do mundo), bem como o projeto 4 Oceans e a Aliança Jornalismo-Ciência.
A ligação da NOVA FCSH ao Japão estende-se ainda ao Instituto de Línguas IL NOVA, que oferece cursos de língua japonesa, e aos diversos projetos de investigação desenvolvidos nas últimas duas décadas sobre a história e a cultura deste país. Entre eles, destaca-se a publicação do Bulletin of Portuguese – Japonese Studies, nos anos 2000. Outras unidades orgânicas da NOVA também terão projetos a apresentar e os mesmos podem ser consultados aqui.
A presença da Universidade NOVA de Lisboa na Exposição Mundial de Osaka é possível graças à parceria que a instituição tem com a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.