Encontros do Património Audiovisual

Encontros do Património Audiovisual – Maria do Carmo Piçarra debate cinema e lusofonia em Maputo

Maria do Carmo Piçarra, investigadora e vice-coordenadora do ICNOVA – Instituto de Comunicação da Universidade NOVA de Lisboa, será uma das oradoras principais da terceira edição dos Encontros do Património Audiovisual, que terão lugar entre 27 e 31 de outubro de 2025, em Maputo, Moçambique.

O evento reunirá cineastas, académicos e especialistas de 11 países — Alemanha, Angola, Brasil, Cabo Verde, Cuba, Estados Unidos, França, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe — para refletir sobre as relações entre o audiovisual e as lutas de libertação nos contextos lusófonos.

Entre os nomes em destaque estão figuras incontornáveis do cinema africano, como o guineense Sana na N’Hada, o cabo-verdiano Leão Lopes e o angolano Ery Claver, que representam diferentes gerações de criadores audiovisuais.

A participação de Maria do Carmo Piçarra insere-se na forte vertente académica dos Encontros, que inclui ainda, no dia 30 de outubro, o lançamento de livros das investigadoras Raquel Schefer, Rosa Cabecinhas, Michelle Sales e da própria Piçarra, no Centro Cultural Português, em Maputo.

O evento é promovido pelo Museu do Cinema de Moçambique, com o objetivo de preservar, estudar e divulgar o património audiovisual dos países lusófonos, articulando memória, política e criação artística.

Bio:

 Maria do Carmo Piçarra é investigadora contratada no ICNOVA, professora auxiliar na Universidade Autónoma de Lisboa e programadora de cinema, colaborando com a Cinemateca Portuguesa e a Fundação Oriente. Em 2023, foi distinguida com a Cátedra Hélio e Amélia Pedroso/Fundação Luso-Americana na Universidade de Massachusetts Dartmouth.A sua investigação foca-se nas representações fílmicas (pós)coloniais, propaganda, censura, mulheres e descolonizações, com uma prática de ação-investigação. Publicou Catembe, esse Obscuro Desejo de Cinema (2024, Documenta), Vento Leste (2023, Documenta) e Projectar a Ordem (2020, Documenta), e coordenou várias obras coletivas como (Re)Imagining African Independence (2017, Peter Lang), a trilogia Angola, o Nascimento de uma Nação (Guerra & Paz), e, mais recentemente, Luso-Orientalism(s) – On Imagined Projections and Ruins. Visual Representations of Former “Portuguese Asia” (Palgrave).É co-diretora da Revista de Comunicação e Linguagens (ICNOVA) e foi editora convidada de uma edição da Portuguese Studies (2024, Liverpool University Press). Tem colaborado com instituições como a Sorbonne, Universidade de Macau e o Centre for Film Aesthetics and Cultures (Reading). Desde 2015, dinamiza a Aleph – Rede de Ação e Investigação Crítica da Imagem Colonial. Tem também percurso como jornalista, crítica e consultora de programação cinematográfica.

 Informações adicionais:

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