Curta-Metragem de estudante da NOVA FCSH selecionada para 31.º Festival Internacional de Cinema de Vila do Conde

Desde 1995, a Competição Nacional do Curtas tem-se afirmado como o principal observatório da produção de curta-metragem em Portugal, permitindo atestar o estado da arte e a vitalidade de produtores e criadores. Tem sido escolhido como o espaço privilegiado para a estreia das mais relevantes curtas portuguesas produzidas nas últimas décadas, geralmente dando início ou reforçando a sua internacionalização.

Revisitar o palmarés desta competição é quase uma escavação arqueológica ao cinema português da viragem do século, permitindo reconhecer a importância deste espaço para a afirmação e reconhecimento de sucessivas gerações de novos cineastas que foram gradualmente renovando o cinema português: Marco Martins (Vencedor em 1995, com “Mergulho no Ano Novo”, codirigido por João Braz), Inês de Medeiros (Vencedora em 1998, com “Senhor Jerónimo”), Joaquim Pinto e Nuno Leonel (Menção Honrosa em 1998, com “Surfavela”), Margarida Cardoso (Vencedora em 1999, com “Entre Nós”) Miguel Gomes (Melhor Realização em 1999, com “Entretanto”, e Vencedor em 2006, com “Cântico das Criaturas”), Margarida Leitão (Menção Honrosa em 1999, com “Kilandukilu/Diversão”), António Ferreira (Melhor Realização em 2000, com “Respirar (debaixo d’água)”) e Sandro Aguilar (Vencedor em 2001, com “Corpo e Meio”).

Mais recentemente, a Competição Nacional tem revelado jovens talentos como Basil da Cunha (Vencedor em 2010, com “À Côté”, e em 2012, com “Os vivos também choram”), Carlos Conceição (Melhor Média Metragem Ficção em 2014, com “Boa noite, Cinderela”), David Pinheiro Vicente (Vencedor em 2018, com “Onde o Verão Vai (Episódios da Juventude)”), Mariana Gaivão (Melhor Realização em 2019, com “Ruby”), Diogo Salgado (Prémio Melhor Filme em 2020, com “Noite Turva”, posteriormente selecionado para a Competição Oficial de Curtas em Cannes) ou João Gonzalez (vencedor na última edição com “Ice Merchants”).

A edição deste ano apresenta uma seleção variada onde se destaca o regresso de cineastas já premiados no Curtas, como Basil da Cunha (“2720”) ou Mário Macedo (“Cul-de-sac”), ou de presenças regulares, como Pedro Neves (“Sonhos de uma Revolução”), Pedro Bastos (“Flyby Kathy”) ou Nuno Amorim (“Olha”). Mas continua a haver espaço para os estreantes, como David Ferreira (“Campos Belos”), Mónica Lima (“Natureza Humana”) ou Susana Abreu (“Vapor”).