Iniciativa RUMO da NOVA FCSH reconhecida pela Comissão Europeia

O RUMO (Research Units Management Optimisation) é uma iniciativa criada por um grupo de gestores e comunicadores de ciência da NOVA FCSH, com o objetivo de “melhorar a colaboração entre as unidades de investigação, otimizar processos e promover boas práticas de gestão e comunicação de ciência”. O projeto foi desenvolvido no âmbito do trabalho do Grupo de Trabalho dos/as Gestores/as e Comunicadores/as de Ciência das Unidades de Investigação da NOVA FCSH (GUI), tendo Ana Cristina Carinhas, Ana Paula Louro, Anabela Gonçalves, Beatriz Gil, Carolina Vilardouro, Luísa Gomes, Patrícia Contreiras e Vera Inácio Cordeniz submetido uma Narrativa que foi selecionada para integrar a recente publicação da Comissão Europeia intitulada Stories from the field – Narratives of research managers and administrators across Europe.

Segundo o grupo, o RUMO surgiu de forma orgânica, “a partir de um grupo informal de profissionais que, perante os desafios sentidos no dia a dia, sentiram necessidade de criar um espaço estruturado de partilha, reflexão e ação”. As primeiras reuniões regulares rapidamente evoluíram para “um coletivo proativo, focado na melhoria contínua e na afirmação do papel da gestão e comunicação de ciência na academia”.

O contexto pós-pandémico teve um papel determinante no surgimento da iniciativa, uma vez que “revelou com maior nitidez muitas das fragilidades dos sistemas de gestão e comunicação de ciência, nomeadamente a fragmentação de processos e a falta de mecanismos de apoio estruturado, bem como a necessidade de espaços de partilha ativa de práticas”. Foi nesse cenário que o grupo sentiu a necessidade de se unir, “criando uma resposta coletiva para enfrentar desafios comuns, partilhar soluções e reforçar competências”. O RUMO nasceu assim “da premência de cuidar do coletivo, dar voz aos profissionais da gestão e comunicação e contribuir para a sustentabilidade e eficiência das unidades de investigação”.

Desde o final de 2022, o RUMO tem promovido encontros mensais presenciais, centrados em temas estruturais da gestão e comunicação de ciência. Entre as ações desenvolvidas destacam-se a “criação de uma base de dados partilhada para gestão das equipas de investigação (em curso)”, a “normalização de procedimentos e critérios de gestão entre unidades”, a “elaboração de relatórios e propostas de melhoria organizacional”, a “promoção de formação especializada” e a “interlocução com outros departamentos da NOVA”. O grupo realiza também “dinâmicas de team building e bem-estar para prevenção do burnout”, acompanha “políticas e projetos nacionais e europeus” e promove o “estreitamento de laços com redes internacionais na área da gestão e comunicação de ciência”.

Entre os principais desafios enfrentados estão “a escassez de tempo dos membros, muitas vezes com agendas sobrecarregadas e multitarefas”, “a dificuldade de comunicação interna, tanto na disseminação de informação como na articulação com estruturas superiores”, “a constante instabilidade externa, com alterações frequentes em normas e procedimentos das entidades financiadoras e da própria administração pública” e “a difícil inserção na orgânica institucional”. Apesar destas dificuldades, as integrantes do projeto sublinham que “esses desafios tenham estimulado a procura de soluções criativas e colaborativas”.

O reconhecimento da Comissão Europeia representa para o grupo “uma validação muito significativa do trabalho que temos vindo a desenvolver, frequentemente invisível e pouco valorizado”. Ser incluídos nesta publicação é, afirmam, “um sinal de que a gestão e comunicação de ciência é essencial para o bom funcionamento do ecossistema científico, e que as boas práticas desenvolvidas a nível local podem ter eco e utilidade a nível europeu”. É também “um incentivo para continuarmos a agir com espírito crítico, criatividade e compromisso institucional”.

Quanto ao impacto desta visibilidade internacional, as autoras do projeto acreditam que poderá “reforçar o reconhecimento interno da importância da gestão e comunicação de ciência como áreas estratégicas para a excelência da investigação e para a evolução das estruturas académicas e institucionais no quadro da sua responsabilidade para com a sociedade, o conhecimento e o futuro”. Acreditam ainda que esta distinção poderá “abrir portas ao diálogo sobre carreiras, formação, estabilidade profissional e inovação organizacional”, posicionando a NOVA FCSH e a Universidade NOVA de Lisboa como “instituições de referência também no domínio da gestão e comunicação de ciência, alinhadas com as melhores práticas europeias, sobretudo numa altura em que a Universidade está a tentar obter o selo HR Excellence in Research Award”.

Consulte o projeto completo aqui.

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