Equipa do CHAM recupera boca de fogo das invasões francesas

Uma equipa de arqueólogos subaquáticos do CHAM – Centro de Humanidades recuperou do fundo do Tejo um canhão de bronze que, durante as invasões francesas, se destinaria às tropas luso britânicas. A peça, em bronze com cerca de um metro de comprimento e gravada com o monograma do Rei Jorge III de Inglaterra, foi recuperada de um navio naufragado, a cerca de 10 metros de profundidade, perto da praia de Carcavelos. 

José Bettencourt, um dos investigadores responsáveis pelo projeto, afirma que existem mais bocas de fogo na área, até porque pode estar em causa mais do que um navio naufragado. No mesmo local também foram descobertas caixas com munições em madeira, reforçando a probabilidade de estas serem embarcações que transportavam material bélico para abastecer a resistência armada contra os soldados de Napoleão.

A peça de artilharia agora recuperada será exibida no o Museu do Mar Rei D. Carlos I, em Cascais, após ser limpa e tratada. De resto, a autarquia esteve desde muito cedo envolvida no projeto do CHAM, tal como a Marinha e a Direção Geral do Património Cultural.

A descoberta agora realizada enquadra-se no Projeto Sunk, uma iniciativa do CHAM que pretende estudar os naufrágios da época moderna (séculos XV e XIX) na foz do Tejo.