NOVA FCSH cala silêncio dos carrilhões de Mafra
3 de Fevereiro de 2020, 17:11

Vinte anos depois de se remeter ao silêncio, o conjunto sineiro dos carrilhões do Palácio Nacional de Mafra voltou a escutar-se no dia 1 de fevereiro num concerto aberto ao público, graças a uma intervenção de restauro que teve participação científica do CESEM e INET-md. Os centros de investigação da NOVA FCSH estiveram envolvidos na recuperação e estudo do maior conjunto sineiro do mundo, nomeadamente através da participação de João Soeiro de Carvalho e Vincent Debut, docentes do Departamento de Ciências Musicais. Durante a inauguração, o primeiro proferiu a palestra “Mafra e os desafios de um carrilhão”, enquanto o segundo abordou o tema da “Caracterização acústica e musical dos carrilhões do Palácio Nacional de Mafra”. A escolha do tema deve-se à experiência de Vicent Debut no campo do comportamento vibratório e respetiva afinação do carrilhão de Mafra, que já lhe valeu, em conjunto com a CENIMAT/13N (unidade de investigação da FCT/NOVA), um Prémio de Investigação Colaborativa da Universidade NOVA de Lisboa.
A recuperação dos 119 sinos repartidos por dois carrilhões iniciou-se em maio de 2018 e terminou em dezembro de 2019, representando um investimento de 1,7 milhões de euros. Constituem, a par dos seis órgãos históricos e da biblioteca, o património mais importante do Palácio, classificado como Património Cultural Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. Estima-se que os sinos mais pesados tenham 12 toneladas.