
História Pública em Portugal
A participação pública na investigação científica tem assumido um papel crescente entre a comunidade académica. Constitui um compromisso cívico e um potencial campo de inovação metodológica. Modela as várias etapas do processo científico, desde a formulação dos problemas à definição do método, da recolha e análise dos dados à discussão dos resultados, assegurando a cocriação e uma autoridade partilhada.
Por outro lado, as associações e os movimentos sociais desempenham um papel ativo na produção e disseminação do conhecimento e nas disputas pela memória, destacando o seu papel na construção de sociedades democráticas. Autonomamente ou através de convocatórias à academia, desenvolvem projetos que asseguram o arquivo e o desarquivo, a criação e a desconstrução, a afirmação e contestação do passado e do presente.
Independentemente do caso, trata-se sempre de efetivar a cidadania, analisando, intervindo e transformando a sociedade. No entanto, nem sempre estes processos resultam no benefício dos envolvidos, como seria o seu propósito, sendo necessário discutir as suas complexidades, relacionadas com o consentimento informado, a devolução dos resultados, entre outras questões éticas.
Com o III Congresso de História Pública em Portugal: Associativismo e Movimentos Sociais, Práticas de Colaboração entre Ciência e Cidadania, que se realiza n’A Voz do Operário, em Lisboa, a 5 e 6 de junho, pretende-se reunir contributos que permitam identificar e compreender diferentes formas de desenvolver práticas colaborativas no âmbito do associativismo e dos movimentos sociais.
O programa completo está disponível em formato PDF e de flipbook online.
Local: R. da Voz do Operário 13, 1100-621 Lisbon, Portugal