
Duos Arqueológicos I: Memórias, Conflitos, Resistências
Há umas décadas, começou a falar-se da viragem linguística na História. Agora, também se começa a falar numa certa viragem material na prática historiográfica. Após anos de uma certa incompreensão académica entre a História e a Arqueologia, este recente interesse pelas materialidades do passado abre novas linhas de investigação. O IHC foi pioneiro neste sentido e contribuiu para o desenvolvimento da Arqueologia Contemporânea na Península Ibérica. Sim, há arqueólogos e arqueólogas que trabalham sobre o nosso passado mais recente entre as paredes do antigo quartel de Campolide.
Numa iniciativa da Linha Temática Usos do Passado: Memória e Património Cultural e do Grupo de Investigação Economia e Sociedade, queremos fazer chegar à comunidade académica e ao público os resultados de projectos internacionais em curso, desenvolvidos no âmbito da Arqueologia Contemporânea.
Uma vez por mês, vamos reunir dois arqueólogos/as para apresentarem as suas investigações e debaterem questões centradas nas materialidades dos conflitos, nas memórias traumáticas e nos processos de resistência do século XX.
Queremos deixar de ser zoombies e estes duos arqueológicos, salvo que a situação pandémica o impeça, vão-se realizar em formato presencial. Estão confirmados os seguintes duos:
23 e 24 de Março, das 14h às 17h30 (Sala 209):
Xurxo Ayán (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST) e Luis Antonio Ruiz Casero (Universidad Complutense de Madrid) apresentam os resultados do projecto arqueológico do Vale dos Caídos (Cuelgamuros, Madrid, Espanha), o maior monumento fascista que resta na Europa.