
A crise do estado liberal no contexto ibérico: a Espanha entre guerras e revoluções (1898-1936)
A Espanha atravessou caminhos peculiares, mesmo se amiúde paralelos a outros países europeus, no primeiro terço do século XX. Experimentou uma agudização da crise do Estado liberal, que conduziu à instauração do regime republicano que, pouco tempo depois, foi derrubado e substituído por uma longa ditadura. Durante o processo de declínio e decomposição da instituição monárquica, desenrolaram-se episódios violentos, pacíficos e florescentes, cheios de esperança e horror, tais com as guerras coloniais, o triénio bolchevique, a manutenção autoritária da monarquia, a Primeira Guerra Mundial, a depressão de 1929, a reorganização do movimento operário, a aliança de sectores das classes médias e operárias em torno de um projeto de cidadania, o ensaio de instituições de mediação social e política e o arrebatamento provocado pelo fascismo. Trata-se, definitivamente, de um período, entre guerras e revoluções, de modernização e de um novo estilo de constitucionalismo, que foi marcado por inúmeras transformações culturais, ideológicas, sociais, institucionais e jurídicas, tanto em Espanha como noutros países.
Nos dias 19 e 20 de Maio de 2022, vai decorrer o Congresso Internacional “A crise do Estado liberal no contexto ibérico: a Espanha entre guerras e revoluções”, que contará com conferências realizadas por:
- Xosé Manoel Núñez Seixas (Professor de História Contemporânea na Universidade de Santiago de Compostela): “A crise do Estado liberal español (1917-1923): nacionalismos en conflito?”
- Eduardo González Calleja (Professor de História Contemporânea na Universidad Carlos III de Madrid): “Los jinetes del apocalipsis conservador. La movilización contrarrevolucionaria de las derechas españolas de 1917 a 1923”
- Ángeles Barrio Alonso (Professora de História Contemporânea na Universidad de Cantabria): “Del Estado/poder y soberanía al Estado/función y responsabilidad: del reformismo social a las políticas sociales”