12
Dez
2019
Encontro
19:00 às 20:30
Arquivo Municipal de Lisboa – Videoteca - Rua da Palma 246, 1100-394 Lisboa, Portugal

Terá lugar no dia 12 de dezembro, pelas 19h00, na Videoteca, do Arquivo Municipal de Lisboa, mais uma sessão das Conversas foto-fílmicas, realizadas pelo Observatório EVAM – Estudos Visuais e Arqueologia dos Media , do GI de Cultura, Comunicação e Artes do ICNOVA. Para falar sobre ”A Política da Montagem na Obra de Georges Didi-Huberman” teremos como convidado Stijn de Cauwer (KU Leuven). A conversa em inglês é moderada por Maria João Mayer Branco (IFILNOVA/NOVA FCSH).

Entrada é gratuita, sujeita ao número de lugares disponíveis.

A conversa será em inglês

A Política da Montagem na Obra de Georges Didi-Huberman by Stijn de Cauwer 

Resumo

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Na sua obra mais recente, Georges Didi-Huberman apresentou várias análises de filmes para ilustrar as suas teorias acerca das imagens e da montagem. Nesta conversa, Stijn de Cauwer irá discutir dois exemplos, nomeadamente a leitura feita por Didi-Huberman do filme Le fond de l’air est rouge, de Chris Marker, enquanto exemplar do seu recente interesse nos gestos de insurreição, e a sua exploração crítica da obra de Jean-Luc Godard e o problema da propaganda. Estes exemplos revelam uma série de pontos de tensão recorrentes nas teorias de Didi-Huberman, tais como a tensão entre gestos e contexto histórico, a tensão montagem enquanto ferramenta crítica e a propaganda e a tensão entre palavras e imagens. Estas questões têm sido discutidas por Didi-Huberman num diálogo
crítico com as perspetivas de Jacques Rancière, W.J.T. Mitchell e Roland Barthes. Além disso, será clarificada a tensão entre as preocupações teóricas e políticas de Didi-Huberman e a sua concentração na política dos gestos, particularmente na exposição Soulèvements. Por fim, serão discutidos alguns exemplos recentes de obras de documentário político que estendem as teorias de Didi-Huberman em novas direções.

Bios

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Stijn de Cauwer é investigador de pós-doutoramento em Estudos Culturais na Universidade de Leuven e professor convidado da RITCS School of Arts, em Bruxelas. Coeditou uma edição especial da revista científica Angelaki, com o título Critical Image Configurations: The Work of Georges Didi-Huberman (também publicada pela Routledge). É editor do livro Critical Theory at a Crossroads: Conversations on Resistance in Times of Crisis (2018), coeditor de 50 Key Terms in Contemporary Cultural Theory (2017) e autor de A Diagnosis of Modern Life: Robert Musil’s Der Mann ohne Eigenschaften as a Critical-Utopian Project (2012).

Maria João Mayer Branco é professora no Departamento de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa. Estudou na Universidade Nova de Lisboa e na Università degli Studi di Pisa e tem trabalhado extensivamente sobre Nietzsche, Kant e Estética. Coeditou vários volumes sobre Nietzsche e publicou diversos artigos sobre os seus principais interesses de investigação, assim como textos sobre artistas e as suas obras.// O ciclo “Conversas Foto-fílmicas” é uma iniciativa do ICNOVA – Observatório em Estudos Visuais e Arqueologia dos Média, do GI de Cultura, Comunicação e Artes em parceria com o Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico.