WHITE-ROT (PODRIDÃO BRANCA)
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Título
WHITE-ROT (PODRIDÃO BRANCA)
Criador
António Batalha Reis
Fonte
Nove de Julho, Nº 829, Ano XV, p. 3.
Data
16-07-1899
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Este mal tem-se manifestado esse ano em concorrência com o brown rot (podridão escura) e o grey rot (podridão cinzenta).
O white rot ataca o pedúnculo do cacho e as diversas ramificações do engaço.
Raras vezes aparece nas varas e NUNCA FOI ENCONTRADO NAS FOLHAS.
Esta última parte é um importante característico deste rot.
A alteração começa por um ponto qualquer do pé do cacho, das ramificações do engaço ou dos pecíolos dos bagos.
A lesão progride rapidamente e estende-se e irradia-se pelas ramificações vizinhas.
Os tecidos apresentam exteriormente uma cor escura, que é tanto mais intensa quanto mais antiga é a invasão e mais ele a se tem entrando nas camadas fundas.
O mal começa, como já disse, na inserção do pé do cacho com a vara, ou no mesmo ponto do pé do bago com engaço. Depois, caminha ele, umas vezes em volta do pé, formando um anel estreito ou largo, e em outra se estende no sentido longitudinal.
No primeiro caso, intercepta a lesão por completo a comunicação da seiva, entre o corpo da cepa e a totalidade do cacho, ou parcialmente, os bagos atacados, e nessa situação murcha e seca o cacho, ou com os bagos inválidos, sem que qualquer outra manifestação alheia à descrita explique o estiolamento do fruto.
Nesse caso, o fruto morre simplesmente da fome.
Outras vezes o mal não circunda completamente o pé, caminha e alarga-se só por um lado, e comunica-se sem rodeios à polpa dos bagos, que ele envolve, chuchando-lhe então os sucos até lhes deixar unicamente a pele colada à grainha.
Nessa situação, se examinarmos as grainhas, encontra-se elas cobertas de pycrides do cogumelo conhecido por comothyrum diploidiela, que é a causa deste rot.
E, conjuntamente, se sujeitarmos a pele dos bagos engelhados, à inspeção de uma lente forte, comprovaremos a existência de pequenas postulas, ligeiramente proeminentes de cor cinzenta escura, que aparecem num ponto e outro da pele do bago. Do centro destas postulas brotam então as frutificações do cogumelo.
Desta vez não é só a falta de alimentos que mata o fruto, mas a ação direta do mal que aniquila a polpa dos bagos em proveito próprio.
Do exposto, conclui-se que todos os tratamentos deverão ser dirigidos por modo que os sais cúpricos cheguem e toquem os pés dos bagos e dos cachos, para evitar dessa maneira o desenvolvimento do mal.
O white rot ataca o pedúnculo do cacho e as diversas ramificações do engaço.
Raras vezes aparece nas varas e NUNCA FOI ENCONTRADO NAS FOLHAS.
Esta última parte é um importante característico deste rot.
A alteração começa por um ponto qualquer do pé do cacho, das ramificações do engaço ou dos pecíolos dos bagos.
A lesão progride rapidamente e estende-se e irradia-se pelas ramificações vizinhas.
Os tecidos apresentam exteriormente uma cor escura, que é tanto mais intensa quanto mais antiga é a invasão e mais ele a se tem entrando nas camadas fundas.
O mal começa, como já disse, na inserção do pé do cacho com a vara, ou no mesmo ponto do pé do bago com engaço. Depois, caminha ele, umas vezes em volta do pé, formando um anel estreito ou largo, e em outra se estende no sentido longitudinal.
No primeiro caso, intercepta a lesão por completo a comunicação da seiva, entre o corpo da cepa e a totalidade do cacho, ou parcialmente, os bagos atacados, e nessa situação murcha e seca o cacho, ou com os bagos inválidos, sem que qualquer outra manifestação alheia à descrita explique o estiolamento do fruto.
Nesse caso, o fruto morre simplesmente da fome.
Outras vezes o mal não circunda completamente o pé, caminha e alarga-se só por um lado, e comunica-se sem rodeios à polpa dos bagos, que ele envolve, chuchando-lhe então os sucos até lhes deixar unicamente a pele colada à grainha.
Nessa situação, se examinarmos as grainhas, encontra-se elas cobertas de pycrides do cogumelo conhecido por comothyrum diploidiela, que é a causa deste rot.
E, conjuntamente, se sujeitarmos a pele dos bagos engelhados, à inspeção de uma lente forte, comprovaremos a existência de pequenas postulas, ligeiramente proeminentes de cor cinzenta escura, que aparecem num ponto e outro da pele do bago. Do centro destas postulas brotam então as frutificações do cogumelo.
Desta vez não é só a falta de alimentos que mata o fruto, mas a ação direta do mal que aniquila a polpa dos bagos em proveito próprio.
Do exposto, conclui-se que todos os tratamentos deverão ser dirigidos por modo que os sais cúpricos cheguem e toquem os pés dos bagos e dos cachos, para evitar dessa maneira o desenvolvimento do mal.
Ficheiros
Colecção
Citação
António Batalha Reis, “WHITE-ROT (PODRIDÃO BRANCA)”. In Nove de Julho, Nº 829, Ano XV, p. 3., 16-07-1899. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 4 de Maio de 2024, http://www.fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/275.