AOS VITICULTORES
Dublin Core
Título
AOS VITICULTORES
Criador
S/autor
Fonte
O Manuelinho de Évora, Ano II, nº 93, p. 3.
Data
31-10-1882
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Dos meios de a empregar contra o filoxera
(Continuado dos nº 77, 78, 80, 81, 84, 86 e 88)
3º - Empregar os tratamentos culturais nos sítios onde o mal tiver atingido proporções que não permitam ter fé na sua extinção.
Os tratamentos denominados culturais são de duas espécies inteiramente diversas: 1º Nos terrenos baixos e alagadiços, onde é possível derivar as águas dos rios por meio de canais, e por forma a cobrir as vinhas durante 45 a 50 dias seguidos com uma camada de água de vinte centímetros de altura pelo menos, é esse o tratamento preferido porque mata por asfixia todos os insetos.
Este sistema tem só o inconveniente de ocasionar o desavinho nalgumas castas de lenho mole. Para ser eficaz é preciso tirar toda a comunicação com o ar dos insetos, e para obter esse resultado é mister que a submersão seja contínua durante o tempo que indicámos, e que compreenda simultaneamente toda a vinha afetada. Este tratamento deve repetir-se todos os anos.
2º Em todos os mais sítios onde a submersão é impraticável, o tratamento cultural a seguir consiste no emprego do sulfureto de carbone em pequena doses, tendentes, não a matar todos os parasitas, mas a dizimá-los por forma tal que não prejudiquem a vitalidade das parreiras.
Depois das repetidas experiências a que agrónomos competentíssimos tem procedido, pode hoje afirmar-se, sem perigo de desmentido devidamente comprovado, que o sulfureto é um inseticida eficaz para restabelecer as videiras, mesmo quando já estão bastante definhadas.
Devemos porém notar que, mormente quando o parasita tem já produzido graves estragos, para que a vinha entre de novo em frutificação regular é mister que além do sulfureto se aplique o estrume necessário para estimular a dar fruto.
[…]
(Da Verdade)
(Continua)
(Continuado dos nº 77, 78, 80, 81, 84, 86 e 88)
3º - Empregar os tratamentos culturais nos sítios onde o mal tiver atingido proporções que não permitam ter fé na sua extinção.
Os tratamentos denominados culturais são de duas espécies inteiramente diversas: 1º Nos terrenos baixos e alagadiços, onde é possível derivar as águas dos rios por meio de canais, e por forma a cobrir as vinhas durante 45 a 50 dias seguidos com uma camada de água de vinte centímetros de altura pelo menos, é esse o tratamento preferido porque mata por asfixia todos os insetos.
Este sistema tem só o inconveniente de ocasionar o desavinho nalgumas castas de lenho mole. Para ser eficaz é preciso tirar toda a comunicação com o ar dos insetos, e para obter esse resultado é mister que a submersão seja contínua durante o tempo que indicámos, e que compreenda simultaneamente toda a vinha afetada. Este tratamento deve repetir-se todos os anos.
2º Em todos os mais sítios onde a submersão é impraticável, o tratamento cultural a seguir consiste no emprego do sulfureto de carbone em pequena doses, tendentes, não a matar todos os parasitas, mas a dizimá-los por forma tal que não prejudiquem a vitalidade das parreiras.
Depois das repetidas experiências a que agrónomos competentíssimos tem procedido, pode hoje afirmar-se, sem perigo de desmentido devidamente comprovado, que o sulfureto é um inseticida eficaz para restabelecer as videiras, mesmo quando já estão bastante definhadas.
Devemos porém notar que, mormente quando o parasita tem já produzido graves estragos, para que a vinha entre de novo em frutificação regular é mister que além do sulfureto se aplique o estrume necessário para estimular a dar fruto.
[…]
(Da Verdade)
(Continua)
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “AOS VITICULTORES”. In O Manuelinho de Évora, Ano II, nº 93, p. 3., 31-10-1882. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 3 de Maio de 2024, http://www.fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1368.