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Novos estudos em curso

Nestes novos contextos digitais, que usos estão a ser feitos? Com que riscos?  Que competências ajudam a evitar riscos e a tirar partido das oportunidades? De que modos intervêm as famílias, a escola, a comunidade?

Importa atualizar o conhecimento e atualizar políticas públicas, nomeadamente de educação. Para isso, em 2025 a rede EU Kids Online está a realizar um conjunto de novos estudos – um questionário pan-europeu, um estudo sobre adolescentes e Inteligência Artificial e um outro sobre questões de Cidadania.

Resultados em breve.

Texto disponível aqui.

Neste texto, adaptado do Manifesto Protecting, Not Excluding: Why Banning Children from Social Media Undermines Their RightsCristina Ponte e Teresa Sofia Castro, referem que têm sido reclamadas proibições como meio para garantir a segurança de crianças e adolescentes no digital, porém a investigação aponta que demasiadas restrições podem ter consequências negativas indesejadas.

Segundo as autoras, o seu direito a participar e a beneficiar do mundo digital deve ser equilibrado com medidas de proteção eficazes, em vez de restrições generalizadas. Implementar proibições de utilização de ecrã, smartphones ou redes sociais sem consulta viola o Artigo 12º da Convenção dos Direitos da Criança. Em vez de recorrer a proibições ou esperar por soluções universais, a rede EU Kids Online reclama que decisores políticos invistam em quadros regulamentares fortes – e fortemente aplicados. Que exijam que as plataformas digitais mantenham elevados padrões de segurança, como a segurança pelo design, da Austrália, ou normas adequadas à idade, como na Europa.


Artigo na íntegra.

Cristina Ponte, coordenadora do projeto EU Kids Online, e investigadora especialista na área de impactos das novas tecnologias em crianças e adolescentes, comenta neste artigo do Público sobre as novas ferramentas anunciadas pela Meta que cria “contas adolescentes” e dá mais poder de controlo aos pais na aplicação do Instagram.

Estas novas funcionalidades permitem que todos os utilizadores do Instagram entre os 13 e 17 anos passem a ser automaticamente colocados nas novas “contas adolescentes” que serão geridas e cujas atividades e interações na app serão reportadas aos pais. A medida  é anunciada pela Meta com o intuito de responder às críticas sobre os efeitos das redes sociais no bem-estar de crianças e adolescentes.

Cristina Ponte considera que as novas medidas constituem “um retrocesso” face ao caminho que vinha sendo seguido. “A Meta lava as mãos da sua responsabilidade de continuar a trabalhar para a proteção de crianças e adolescentes e põe a carga sobre os pais”, critica.

Além disso, não encontra no anúncio do Instagram “uma única linha sobre autorregulação e autorresponsabilização” dos adolescentes, mas antes o reforço da ideia de que os pais devem ser “cada vez mais vigilantes, cada vez mais controladores”.


Relatório na íntegra.

Foram divulgados os resultados do EU Kids Online 2020: Survey results from 19 countries. Entre 2017 e 2019, foram inquiridos mais de 25.000 crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 9 e os 16 anos, sobre as suas experiências digitais que incluíram situações de risco como cyberbullying, uso excessivo da Internet, mensagens de sexting e encontros com pessoas conhecidas na Internet

De acordo com os resultados, na Europa, a maioria das crianças e jovens usa o smartphone para se ligar à Internet “várias vezes por dia” ou “todos os dias ou quase”, registando-se uma subida substancial no uso de smartphones e no acesso à Internet, em relação ao estudo de 2010. Em alguns países, como Portugal, o tempo que as crianças e os jovens passam online mais do que duplicou, sendo também um dos países onde mais crianças e jovens revelam confiança em lidar com riscos: mais de dois terços referem saber reagir “sempre” ou “muitas vezes” a comportamentos de que não gostam na Internet. Portugal é também um dos países, onde os inquiridos menos associam situações de risco a danos delas decorrentes.

Cristina Ponte, coordenadora da equipa portuguesa na rede EU Kids Online

“Estes resultados quantitativos nacionais integrados no panorama alargado de 19 países europeus ajudam a conhecer de que modo crianças e jovens portugueses se consideram enquanto utilizadores digitais e qual tem sido a influência da intervenção da família e da escola em matéria de segurança e de aquisição de competências”. Cristina Ponte acrescenta que “seria muito bom que estes resultados sobre riscos e oportunidades fossem discutidos, em casa e na escola, com crianças e jovens para ouvir as suas razões por detrás dos números.”


 

Drawing on recent data from the EU Kids Online survey, Cristina Ponte and Susana Batista look at the ‘family climate’ reported by Portuguese children aged 9-17 and how it varies by age and gender. Compared to the results of the first EU Kids Online pan-European survey (2010), they note that in both surveys the pattern of a confident, caring and communicative family is dominant. However, the gap between almost unanimous self-perceptions of family safety support, and lower rates of forms of digital support and enabling mediation, call for more research into how children’s age and gender may be associated with digital socialisation.     

The confident, caring and communicative family is still dominant in Portugalblog Parenting for a Digital Future, da LSE (19/02/2020)


Comunicado de Imprensa 10.02.2020  |  Rede de Investigação EU Kids Online

Novo estudo europeu sobre crianças e internet

Crianças e jovens portugueses estão entre os mais confiantes
Na Europa, a maioria das crianças e jovens usa o smartphone para se ligar à internet “várias vezes por dia” ou “todos os dias ou quase”. Este resultado mostra uma subida substancial no uso de smartphones e no acesso à internet em relação ao estudo de 2010. Nalguns países, como Portugal, o tempo que passam online mais do que duplicou, mas ainda há quem não receba conselhos de segurança. No dia da Internet Segura, o novo relatório EU Kids Online assinala como crianças e jovens entre os 9 e os 16 anos lidam com riscos e com oportunidades da internet.

 

Para aceder ao comunicado completo clique aqui.

Relatório final EU Kids Online Portugal

 

Relatório final do projeto EU Kids Online Portugal, sobre usos, competências, riscos e mediações da internet reportados por crianças e jovens (9-17 anos).