Casos e coisas
Dublin Core
Título
Casos e coisas
Criador
Fra-Gil
Fonte
O Elvense, 18º Ano, nº 1732, p. 2.
Data
12-08-1897
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Como complemento à notícia anteriormente publicada com relação às aves, que sendo em geral uteis à agricultura são em geral também atrozmente perseguidas pelos senhores caçadores, publica-se em seguida uma nota resumida dos serviços prestados ao homem por algumas aves das mais vulgares:
O mocho destrói os insetos noturnos, e mais do que isso: os ratos, chegando Carl Vogt afirmar que os cães rateiros de toda a França não apanham em um ano tantos ratos dos campos, como os mochos de Vosges em um mês, e pergunta, como mil carradas de razão, se não valia a pena, só por esse motivo, conservar os mochos, em vez de totalmente os perseguir.
O corvo destrói as larvas dos besouros, preferindo-as a qualquer outra alimentação.
O peto lima as árvores cariadas.
O cuco come a lagarta lanzuda.
O estorninho devasta os gafanhotos.
A cotovia come grilos, gafanhotos, ovos de formiga e vermes em geral.
A cecyclonia destrói as larvas dos escaravelhos.
O pardal come a rasca.
A carricinha destrói as lagartas.
O rouxinol persegue de preferência a lagarta dos escolytos e ovos da formiga.
A toutinegra ataca as moscas e os pulgões.
O chapim acarreta pra o seu ninho, todos os dias, centenas de lagartas.
A alvéola destrói os gorgulhos.
Finalmente, por agora, o estorninho alimenta-se de gafanhotos beneficiando em extremos as oliveiras como destruidor que é da mosca que as ataca no ano de safra.
Isto, sabemo-lo nós, e melhor do que nós o sabem os agricultores que, parece, deveriam quando não proteger as aves em geral contra as perseguições dos vândalos, ao menos não as destruírem eles próprios, como sucede em alguns casos, a título de lhes levarem alguns bagos de trigo ou de lhes depenicarem umas tristes folhas de couve nas hortas!
O mocho destrói os insetos noturnos, e mais do que isso: os ratos, chegando Carl Vogt afirmar que os cães rateiros de toda a França não apanham em um ano tantos ratos dos campos, como os mochos de Vosges em um mês, e pergunta, como mil carradas de razão, se não valia a pena, só por esse motivo, conservar os mochos, em vez de totalmente os perseguir.
O corvo destrói as larvas dos besouros, preferindo-as a qualquer outra alimentação.
O peto lima as árvores cariadas.
O cuco come a lagarta lanzuda.
O estorninho devasta os gafanhotos.
A cotovia come grilos, gafanhotos, ovos de formiga e vermes em geral.
A cecyclonia destrói as larvas dos escaravelhos.
O pardal come a rasca.
A carricinha destrói as lagartas.
O rouxinol persegue de preferência a lagarta dos escolytos e ovos da formiga.
A toutinegra ataca as moscas e os pulgões.
O chapim acarreta pra o seu ninho, todos os dias, centenas de lagartas.
A alvéola destrói os gorgulhos.
Finalmente, por agora, o estorninho alimenta-se de gafanhotos beneficiando em extremos as oliveiras como destruidor que é da mosca que as ataca no ano de safra.
Isto, sabemo-lo nós, e melhor do que nós o sabem os agricultores que, parece, deveriam quando não proteger as aves em geral contra as perseguições dos vândalos, ao menos não as destruírem eles próprios, como sucede em alguns casos, a título de lhes levarem alguns bagos de trigo ou de lhes depenicarem umas tristes folhas de couve nas hortas!
Ficheiros
Colecção
Citação
Fra-Gil, “Casos e coisas”. In O Elvense, 18º Ano, nº 1732, p. 2., 12-08-1897. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 14 de Dezembro de 2024, http://www.fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/741.