SECÇÃO AGRÍCOLA
A nova moléstia das oliveiras (Conclusão)

SECÇÃO AGRÍCOLA
A nova moléstia das oliveiras (Conclusão)

S/autor

Jornal de Penafiel, 15º Ano, nº 33, pp. 1-2.

22-02-1901

Leonardo Aboim Pires

Encontrei as habituais hifas de células curtas, fuscas ou acastanhadas, diminuindo de diâmetro ao nível dos septos a ponto de tomarem por vezes aspeto toruloso; outros filamentos quase isodimétricos, esverdeados de células mais compridas, os glomérulos ou gemas celulares características das ferrugens; formas enfim todas iniciais do desenvolvimento de um Capnodium ou dum Meliola ou das suas formas secundárias. Observei também um conceptáculo ficnidio subgloboso, estiolado, castanho-carregado, pequeno, lembrando talvez um Phoma, mas superficial […] Não é este o introdutor do Bacillus, nem tão pouco qualquer das formas da ferrugem que ofendem a epiderme dos vegetais sobre que se desenvolvem, mercê da meta vegetal ou das secreções açucaradas ejaculadas pelas cochonilhas e que servem de substrato e de nutrição da hifas dos fungos da ferrugem. […]
Conquanto não me apareça de grande importância prática esta questão do introdutor, é possível que ainda continue as investigações acerca dos fungos que se encontram nas oliveiras tuberculosas. […]
Mas a manifestação epidémica do Bacillus oleoe, em Portugal, datando apenas de ontem, não houve decerto tempo necessário para serem estudadas as diferentes soluções e é por isso mesmo que, em vários pontos, não é possível, no momento atual, sai do campo hipotético. […]

«Jornal Hortícolo-Agríola»