Pragas nos Periódicos

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Fonte

Nove de Julho, Nº 518, X Ano, p. 2.

Data

29-05-1895

Colaborador

Leonardo Aboim Pires

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“As vinhas continuam no seu progressivo desenvolvimento de parra e fruto.
A uva acha-se adiantada e quási toda em flor, se as águas não continuarem a gramação será excelente.
As chuvas abundantes do inverno fizeram grande benefício aos vinhedos e ao arvoredo, contudo a marcha de filoxera não pára; apenas a rebentação das cepeiras atacadas deste mal incurável, tiveram uma rebentação mais amplas, mas a norte é certa e rápida.
As doenças da época também em algumas regiões se têm desenvolvido – o míldio e oídio, etc. estes parasitas já não respeitam a ciências médica […]
Sobre as drogas curativas que ultimamente inventaram com o intuito de matar a invasão dos parasitas vegetais que tanto estragos fazem à viticultura, já de Torres Vedras informam que o míldio apesar dos lavradores aplicarem com circunspeção o tratamento preventivo, o mal continua a crescer importando-se pouco com as mezinhas dos proprietários.
Muitos viticultores desde concelho não têm ministrado o sulfato de cobre, nem tão pouco o enxofre e o mal não tem aumentado […]
Todos os proprietários hão-de ser ir convencendo que para as moléstias se desenvolvem pela ação climatérica, só o bom tempo as cura e para a filoxera a resignação do proprietário na morte da vinha, porque o não tem remédio remediado está.
Por algumas experiências que temos destas culturas, fomos os primeiros em que não acreditámos nas substâncias que para ali aplicam como preventiva das doenças das vinhas […]"

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Citação

S/autor, “S/título”. In Nove de Julho, Nº 518, X Ano, p. 2., 29-05-1895. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 14 de Dezembro de 2024, http://www.fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/214.

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