Doenças das plantas
Dublin Core
Título
Doenças das plantas
Criador
S/autor
Fonte
O Distrito de Faro, Ano 34º, nº 1727, p. 3.
Data
27-05-1909
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
As plantas, como todos os seres vivos estão sujeitas a alterações na sua vida norma que podem, comprometer mais ou menos a produção, dando lugar a prejuízos por vezes bastante grandes.
Evitar essas alterações procurando que as plantas vivam em boas condições, deve ser uma das grandes preocupações de todo o bom lavrador.
As doenças das plantas são umas vezes causadas pela ação do meio, outras pela presença de parasitas, isto é, uma vezes podem ser devidas ao facto de faltarem no solo os elementos necessários para uma boa vegetação, a um excesso de humidade, a uma falta de arejamento conveniente, etc. outras vezes, as doenças são provocadas por insetos ou outros animais que, vivendo à custa das plantas, às destroem mais ou menos por completo, ou originam alterações tão grandes na vegetação que a sua cultura só pode dar prejuízo: outras vezes, as perturbações na vegetação são causadas por outras inferiores, que, não podendo viver vida independente, vão se alojar nos vegetais cultivados à custa dos quais vegetam, enfraquecendo-os, ou mesmo destruindo-os algumas, vezes, impedindo assim que deem qualquer produto remunerador.
As doenças das plantas são debeladas ou evitadas, umas vezes por meio de adubações ou corretivos, outras com a aplicação de diversas substâncias, que, atuando diretamente sobre os agentes do mal o vão destruir, ou impedir o seu desenvolvimento.
Estas substâncias, umas vezes simples, como o ENXOFRE ou o ARSENIATO DE CHUMBO, são na maioria dos casos produtos preparados segundo determinadas fórmulas, das quais algumas de preparação simples estão ao alcance de todo o lavrador; muitas outras só com dificuldades e despesas, pode o agricultor obtê-las com os meios de que ordinariamente dispõe; algumas mesmo de uso corrente como é por exemplo a CALDA BORDALESA, poucas vezes são preparadas como deviam ser, de forma que o, agricultor consiga o máximo efeito com o mínimo de despesa.
Por vezes, e com frequência, aconselha-se uma substância para combater um determinado parasita, não porque ela seja a mais económica, nem a mais eficaz, mas sim por ser a única que o lavrador pode usar, atendendo aos meios de que dispõe.
Por todas estas razões e convictos de que prestamos um bom serviço aos agricultores, participamos-lhes que convidamos o ex. sr. J. da Câmara Pestana, antigo Diretor do Laboratório de Patologia Vegetal, a ficar encarregado de uma nova secção da nossa casa, destinada a fornecer aos lavradores todas as indicações necessárias para evitar ou debelar as doenças das plantas cultivadas, bem como fornecer os preparados necessários para o seu tratamento, encarregando-se também da preparação de fórmulas especiais sob a indicação dos agricultores. […]
Evitar essas alterações procurando que as plantas vivam em boas condições, deve ser uma das grandes preocupações de todo o bom lavrador.
As doenças das plantas são umas vezes causadas pela ação do meio, outras pela presença de parasitas, isto é, uma vezes podem ser devidas ao facto de faltarem no solo os elementos necessários para uma boa vegetação, a um excesso de humidade, a uma falta de arejamento conveniente, etc. outras vezes, as doenças são provocadas por insetos ou outros animais que, vivendo à custa das plantas, às destroem mais ou menos por completo, ou originam alterações tão grandes na vegetação que a sua cultura só pode dar prejuízo: outras vezes, as perturbações na vegetação são causadas por outras inferiores, que, não podendo viver vida independente, vão se alojar nos vegetais cultivados à custa dos quais vegetam, enfraquecendo-os, ou mesmo destruindo-os algumas, vezes, impedindo assim que deem qualquer produto remunerador.
As doenças das plantas são debeladas ou evitadas, umas vezes por meio de adubações ou corretivos, outras com a aplicação de diversas substâncias, que, atuando diretamente sobre os agentes do mal o vão destruir, ou impedir o seu desenvolvimento.
Estas substâncias, umas vezes simples, como o ENXOFRE ou o ARSENIATO DE CHUMBO, são na maioria dos casos produtos preparados segundo determinadas fórmulas, das quais algumas de preparação simples estão ao alcance de todo o lavrador; muitas outras só com dificuldades e despesas, pode o agricultor obtê-las com os meios de que ordinariamente dispõe; algumas mesmo de uso corrente como é por exemplo a CALDA BORDALESA, poucas vezes são preparadas como deviam ser, de forma que o, agricultor consiga o máximo efeito com o mínimo de despesa.
Por vezes, e com frequência, aconselha-se uma substância para combater um determinado parasita, não porque ela seja a mais económica, nem a mais eficaz, mas sim por ser a única que o lavrador pode usar, atendendo aos meios de que dispõe.
Por todas estas razões e convictos de que prestamos um bom serviço aos agricultores, participamos-lhes que convidamos o ex. sr. J. da Câmara Pestana, antigo Diretor do Laboratório de Patologia Vegetal, a ficar encarregado de uma nova secção da nossa casa, destinada a fornecer aos lavradores todas as indicações necessárias para evitar ou debelar as doenças das plantas cultivadas, bem como fornecer os preparados necessários para o seu tratamento, encarregando-se também da preparação de fórmulas especiais sob a indicação dos agricultores. […]
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “Doenças das plantas”. In O Distrito de Faro, Ano 34º, nº 1727, p. 3., 27-05-1909. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 4 de Dezembro de 2024, http://www.fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1490.