Vinhos e vinhas
Dublin Core
Título
Vinhos e vinhas
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, 25º Ano, nº 1289, p. 2.
Data
11-09-1910
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
O estado das vinhas neste concelho e supomos que em todo o país, é cada vez menos animador, pois que os calores muito têm contribuído para a diminuição da colheita.
A perspetiva duma nova colheita pouco abundante, tanto no nosso como nos outros países vinhateiros, tem feito subir o preço dos vinhos.
O Diário Popular dizia há dias:
VINHOS
Os prejuízos causados nas vinhas em França acentuam-se de dia para dia; as doenças criptogâmicas desenvolvem-se e a produção cada vez se ressente mais. À medida que se aproxima a época da vindima, mais desolador se torna o aspeto dos vinhedos e mais sensível se manifesta a quebra no rendimento.
O «Moniteur Vinicole» afiança que a região dos Pirenéus Orientais, até agora indemne, está também seriamente comprometida; o departamento de Aude apresenta considerável diminuição; no Herault o deficit é também importante.
O grupo que compromete as regiões de Poitou, Vantais, Anjou, Touraine, Loir-et-Cher, Cher, Orleanais, acusa decréscimo apreciável. As colheitas são escassíssimas no Alto Languedoc, Gasconha, Bordelais, Landes, Dordonha, Quercy, Charentes.
A região menos devastada parece ser a de Armagnac.
Igualmente em Vancluse, Dauphiné, Beaujolais, Macônais, Borgonha, Baixa Borgonha, Illê-de-France, Lorena, Champagne, Auvergne, Allier, Nièvre, Franco-Condado, Bugey, Sabóia, Jura, etc., os estragos são temerosos.
Continua a alta dos vinhos com mercado bastante ativo.
[…]
Em todos os países produtores a colheita anuncia-se tão má ou ainda pior do que em França. Em Portugal já todos sabem que será talvez inferior a metade de 1909.
[…]
A perspetiva duma nova colheita pouco abundante, tanto no nosso como nos outros países vinhateiros, tem feito subir o preço dos vinhos.
O Diário Popular dizia há dias:
VINHOS
Os prejuízos causados nas vinhas em França acentuam-se de dia para dia; as doenças criptogâmicas desenvolvem-se e a produção cada vez se ressente mais. À medida que se aproxima a época da vindima, mais desolador se torna o aspeto dos vinhedos e mais sensível se manifesta a quebra no rendimento.
O «Moniteur Vinicole» afiança que a região dos Pirenéus Orientais, até agora indemne, está também seriamente comprometida; o departamento de Aude apresenta considerável diminuição; no Herault o deficit é também importante.
O grupo que compromete as regiões de Poitou, Vantais, Anjou, Touraine, Loir-et-Cher, Cher, Orleanais, acusa decréscimo apreciável. As colheitas são escassíssimas no Alto Languedoc, Gasconha, Bordelais, Landes, Dordonha, Quercy, Charentes.
A região menos devastada parece ser a de Armagnac.
Igualmente em Vancluse, Dauphiné, Beaujolais, Macônais, Borgonha, Baixa Borgonha, Illê-de-France, Lorena, Champagne, Auvergne, Allier, Nièvre, Franco-Condado, Bugey, Sabóia, Jura, etc., os estragos são temerosos.
Continua a alta dos vinhos com mercado bastante ativo.
[…]
Em todos os países produtores a colheita anuncia-se tão má ou ainda pior do que em França. Em Portugal já todos sabem que será talvez inferior a metade de 1909.
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Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “Vinhos e vinhas”. In Damião de Goes, 25º Ano, nº 1289, p. 2., 11-09-1910. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 6 de Dezembro de 2024, http://www.fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1343.