Notícias agrícolas
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Título
Notícias agrícolas
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, 14º Ano, nº 699, p. 3.
Data
21-05-1899
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
As chuvas das últimas semanas causaram grande benefício à agricultura, principalmente, aos milhos que, sem chuva, nada podiam produzir e alguns até nem chegariam a nascer. […] Nas vinhas o maior flagelo que apareceu foi o pulgão e a lagarta, que além dos prejuízos que causaram, obrigaram os agricultores a grandes despesas. Este flagelo não foi geral em todo o concelho.
Têm-se feito vários tratamentos contra o oídio e o míldio, que por enquanto nenhuns estragos têm feito.
[…]
*
Em vários jornais colhemos as seguintes informações:
[…]
De Arcos de Valdevez – o míldio continua a alastrar pelos nossos vinhedos. A vinha que já está em franca florescência entra em um período crítico que, pode dizer-se, decidirá do resultado da colheita futura. É preciso não haver descuido com os tratamentos cúpricos.
A altisa, que dizem tem feito estragos nas vinhas das cercanias do Porto, também apareceu nas vinhas deste concelho, mas não tem feito estragos apreciáveis.
Nos centeios tem continuado os seus estragos o inseto que dizem ser o tropinota, Mulsant, ou anisoplia, segundo o sr. Rodrigues de Morais.
Apareceu também ultimamente, uma praga nas oliveiras destes sítios.
É uma aranha verde, pequenina, que morde os ramos tenros da oliveira em flor, fazendo desenvolver uma espécie de lanugem branca, semelhante ao pulgão-lanígero dos macieiros.
De Felgueiras – já fez a sua aparição em muitos pontos do concelho o míldio, o implacável inimigo das vides e das uvas. Temo-lo visto perfeitamente caracterizado, apresentando as florescências e as nódoas amareladas.
Não deve haver perda de tempo no emprego das pulverizações.
[…]
Têm-se feito vários tratamentos contra o oídio e o míldio, que por enquanto nenhuns estragos têm feito.
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Em vários jornais colhemos as seguintes informações:
[…]
De Arcos de Valdevez – o míldio continua a alastrar pelos nossos vinhedos. A vinha que já está em franca florescência entra em um período crítico que, pode dizer-se, decidirá do resultado da colheita futura. É preciso não haver descuido com os tratamentos cúpricos.
A altisa, que dizem tem feito estragos nas vinhas das cercanias do Porto, também apareceu nas vinhas deste concelho, mas não tem feito estragos apreciáveis.
Nos centeios tem continuado os seus estragos o inseto que dizem ser o tropinota, Mulsant, ou anisoplia, segundo o sr. Rodrigues de Morais.
Apareceu também ultimamente, uma praga nas oliveiras destes sítios.
É uma aranha verde, pequenina, que morde os ramos tenros da oliveira em flor, fazendo desenvolver uma espécie de lanugem branca, semelhante ao pulgão-lanígero dos macieiros.
De Felgueiras – já fez a sua aparição em muitos pontos do concelho o míldio, o implacável inimigo das vides e das uvas. Temo-lo visto perfeitamente caracterizado, apresentando as florescências e as nódoas amareladas.
Não deve haver perda de tempo no emprego das pulverizações.
[…]
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “Notícias agrícolas”. In Damião de Goes, 14º Ano, nº 699, p. 3., 21-05-1899. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 7 de Maio de 2025, http://www.fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1275.