
Os públicos da cultura: estratégias de comunicação para projetos e instituições culturais
Este curso vai ser lecionado na modalidade de Ensino Presencial
Objetivos
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Uma das dimensões centrais de qualquer programação, projeto ou instituição cultural situa-se no campo das práticas culturais e dos públicos da cultura. É sabido que os públicos desempenham um papel ativo no processo de consumo cultural pois contribuem para a criação de sentido e de interpretação do objeto artístico. Desta forma, este curso visa transmitir aos alunos os conceitos fundamentais e capacitá-los com as ferramentas teóricas, concetuais e metodológicas apropriadas ao estudo da receção e dos públicos de projetos e instituições culturais. Os alunos deverão ainda ser capazes de desenvolver estratégias, ações e instrumentos de comunicação para os públicos da sua organização ou projeto cultural, bem como de avaliar os seus resultados.
Programa
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Os públicos da cultura
- Desafios contemporâneos da programação cultural.
- As fases do processo cultural e os atores.
- Práticas e consumos culturais.
- Públicos da cultura: segmentação e perfis sociais.
Conhecer os públicos
- Conhecer porquê? Conhecer para quê?
- Estudos de públicos: tipologias, fontes e métodos.
- Como fazer um estudo de públicos.
- Exemplos e aplicação prática.
Comunicar com/para os públicos
- A especificidade da comunicação num projeto e/ou instituição cultural.
- Estratégias de captação e fidelização de públicos.
- Ações e instrumentos de comunicação.
- Avaliação e indicadores de desempenho.
- Boas práticas e experiências inspiradoras.
Bibliografia
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- AAVV (2004). Públicos da Cultura. Lisboa: Observatório das Atividades Culturais.
- Esquenazi, Jean-Pierre (2006). Sociologia dos Públicos. Porto: Porto Editora.
- Lopes, João Teixeira (2000), Cidade e a Cultura: um estudo sobre práticas cultura urbanas, Porto: Edições Afrontamento.
- Walter, Carla (2015). Arts Management: An entrepreneurial approach. London: Routledge.
- Walmsley , Ben (2019). Audience Engagement in the Performing Arts A Critical Analysis. Palgrave Macmillan
PROPINA
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Ver tabela em Informações úteis.
docentes
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Dora Santos Silva – Professora Auxiliar na NOVA|FCSH, no Departamento de Ciências da Comunicação. É licenciada em Ciências da Comunicação, mestre em Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias (ambos na NOVA|FCSH) e doutorada em Media Digitais pelo programa internacional UT Austin | Portugal. Escreveu os livros “Cultura e Jornalismo Cultural – Tendências e Desafios no contexto das indústrias culturais e criativas” e “Innovation in European Journalism – The Case of Culture” (no prelo). Fora da academia, foi jornalista em publicações culturais nacionais e internacionais. O seu percurso incluiu também o guionismo, o copywriting e a gestão editorial de projetos culturais. É coordenadora do Observatório da Inovação nos Media, coordenadora da Pós-Graduação em Comunicação de Cultura e Indústrias Criativas, coordenadora editorial do projeto de comunicação de cultura+Lisboa e investigadora do ICNOVA – Instituto de Comunicação da NOVA. A sua investigação foca-se na inovação nos media, jornalismo cultural, e indústrias culturais e criativas. Site: www.dorasantossilva.com.
Patrícia Ascensão é Licenciada em História e Arqueologia, Pós-Graduada em Práticas Culturais para Municípios, Mestre em Jornalismo, Comunicação e Cultura, Especialista em Ciências da Comunicação e está a concluir o Curso de Doutoramento em Ciências da Comunicação. Consultora nas áreas das ciências da comunicação, da comunicação de cultura, do jornalismo e estudos dos média, da gestão das artes e de projetos culturais e criativos, da gestão do património cultural. Possui experiência profissional no setor público, no ensino e em projetos de investigação. Professora convidada na NOVA|FCSH na Pós-graduação em Comunicação de Cultura e Indústrias Criativas. Investigadora no ICNOVA – Instituto de Comunicação da Nova (NOVA|FCSH) e colabora em vários projetos e grupo de investigação na área das Ciências da Comunicação. Desempenhou funções de coordenação no setor cultural em contexto autárquico (património cultural, programação e animação cultural, movimento associativo cultural e gestão de equipamentos culturais), onde desenvolveu projetos e atividades no âmbito da gestão do património cultural e história local. Ainda em contexto autárquico, esteve responsável pela programação de espaços e equipamentos culturais; pela conceção, coordenação e produção de projetos culturais e criativos; pela dinamização de serviços educativos em equipamentos culturais; pela organização e produção de espetáculos, exposições, congressos e conferências; pela participação em programas e projetos culturais de âmbito regional e nacional; pela elaboração de estudos de públicos e de candidaturas a fundos europeus. Foi ainda a gestora do processo de implementação do SGQ no setor cultural em contexto autárquico.