VIH/SIDA

O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) é um agente infecioso que destrói as células vitais do sistema imunitário, provocando o Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA), comprometendo a resposta natural contra “doenças oportunistas”. Pelo facto deste ser predominantemente transmitido por via sexual e por consumidores de drogas injetáveis, os seropositivos foram vítimas de estigmas com graves implicações psicológicas e sociais. Desde que foi identificado, em 1981, o Síndrome já matou 30 milhões de pessoas, estimando-se que estejam atualmente infetadas 35 milhões. Apesar de não haver vacina, existem fármacos antirretrovirais que inibem a replicação do vírus, transformando o VIH-SIDA numa doença crónica.

Devido à divulgação de ideias erradas sobre o contágio, os seropositivos foram vítimas reiteradas de preconceitos e discriminação. Este cartaz alertava para os “sintomas mais dolorosos do VIH e Sida”,  associados ao medo, à ignorância e à injustiça social.

CML/AML – “United Nations Programme on AIDS/HIV” (1992), cartaz da ONU.

Cota: CAR ONU C309

A associação ABRAÇO foi criada em Portugal em 1991 com o objetivo de apoiar as pessoas afetadas pela doença. A designação “abraço” foi adotada como resposta a um dos equívocos mais proliferados sobre o vírus: de que este poderia ser transmitido através de um mero abraço, beijo ou aperto de mão.

CML/AML – “Quiosque da ‘Abraço’, Associação de apoio a pessoas com VIH / SIDA, na Área Internacional Sul” (1998), fotografia de Carlos Didelet.

Cota: PT/AMLSB/PAE/GFOT/0159/159024

Em 1991, o laço vermelho foi registado pela organização Visual AIDS Artists Caucus, sedeada em Nova Iorque, como o principal símbolo do VIH-Sida. A cor vermelha está associada ao sangue e paixão, aludindo assim aos principais meios de contágio do vírus.

CML/AML – “[Unidos en la esperanza]” (1996), cartaz.

Cota: CAR ONU C262

O uso do preservativo é o principal método para evitar a transmissão do VIH e outras doenças sexualmente transmissíveis. O seu uso foi extensamente promovido por diversas instituições governamentais e, mais recentemente, por Organizações não Governamentais.

CML/AML – “Família de preservativos, animação de rua promovida pelo Ministério da Saúde e Comissão Nacional de Luta Contra a Sida” (1998), fotografia de Carlos Didelet.

Cota: PT/AMLSB/PAE/GFOT/01/145/046183

Os meios de propagação da doença chamaram a atenção para a prostituição de travestis em Portugal. Nas décadas de 1980-90 os atores transformistas e os travestis de rua foram erroneamente confundidos com prostitutos e delinquentes, estigmas que hoje persistem entre os artistas que atuam em bares e discotecas.

CML/AML – “Travesti” (post-1974), fotografia de Carlos Gil.

Cota: PT/AMLSB/CAR/000034

O continente africano é, ainda hoje, o mais afetado pela pandemia, somando cerca de dois terços dos 35 milhões de infetados em todo o mundo. A cultura expressiva foi usada como um poderoso meio para consciencializar as populações para os efeitos desta doença.

INET-md – “Sida”, fonograma do Grupo Ilala, pertencente do disco comemorativo do IX Festival Nacional da Cultura, Moçambique.

A corrida por uma vacina eficaz contra o VIH-Sida continua infrutífera. Em 2002 falava-se na possibilidade de comercialização de uma vacina, fracassada no ano seguinte, à semelhança de outras tentativas anteriores e posteriores.

ARQUIVO.PT – “Números e soluções” (11 de Julho 2002), TSF online.

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  • FALCATO, Joana Rita Caeiro Rocha – A prevenção para o VIH/SIDA e o Marketing Social: elaboração de um plano de campanha. Lisboa: NOVA FCSH, 2016. Relatório de estágio. – Disponível online.
  • FREITAS, Marco António Roque de – Podem chamar-lhe loucura, mas achamos que é cultura. Música e a performance da sexualidade numa discoteca em Lisboa. Lisboa: NOVA FCSH, 2013. Dissertação de mestrado. – Disponível online.
  • GOMES, Willian – Saúde e Imigração: Papel das ONGs no acesso ao tratamento do VIH para os imigrantes que vivem na área metropolitana de Lisboa. Lisboa: NOVA FCSH, 2020. Dissertação de mestrado. – Disponível online.
  • MAIA, Iracema de Matos Simões – Variação terminológica em textos de especialidade: o caso de VIH/Sida. Lisboa: NOVA FCSH, 2010. Dissertação de mestrado. – Disponível online.
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  • A.A.V.V. – The circuit of mass communication : media strategies, representation and audience reception in the AIDS crisis. London: SAGE, 1998. – Cota: CC 485 (BMSC)
  • A.A.V.V. – A problemática da SIDA como notícia. Lisboa: Livros Horizonte, 2007. – Cota: CC 95 (BMSC)
  • CABRAL, Eugênia – Comunicação estratégica no setor público para a prevenção  da SIDA. Lisboa: NOVA FCSH, 2011. Dissertação de mestrado. – Cota: TCD 1401 (BMSC)
  • DIAS, Maria Helena do Nascimento – Afectos que afectam e infectam, um olhar sociológico sobre atitudes e comportamentos de risco dos profissionais T.I.R. face ao VIH-Sida. Lisboa: NOVA FCSH, 2008. Dissertação de mestrado. – Cota: TCD 277
  • GUEDES, Francisco – Vírus, sida e sociedade humana. Lisboa: Planeta, 1995. – Cota: CA 872 (BMSC)
  • HERDT, Gilbert; LINDENBAUM, Shirley – The time of AIDS, social analysis, theory and method. London: SAGE, 1992. – Cota: SOC 715 (BMSC)
  • MELO, Alexandre – Quando o mundo nos cai em cima, artes no tempo da SIDA. Lisboa: Abraço, [s.d.] – Cota: GS 1047 (BMSC)
  • PONTE, Cristina – Notícias e silêncios, a cobertura da Sida no Diário de Notícias e no Correio da Manhã. Porto: Porto Editora, 2004. – Cota: CC 539 (BMSC)
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