4-OCEANS publica manifesto “As Humanidades para os Oceanos”

A exploração histórica dos oceanos por diferentes sociedades causa “profundos impactos na composição, estrutura e função do ecossistema devido à sobre-exploração, levando à degradação do habitat, ameaça e extinção de espécies”, alerta o manifesto “As Humanidades para os Oceanos”, hoje submetido à ONU no âmbito da Conferência dos Oceanos.

O documento é assinado pelos investigadores do projeto 4-Oceans, liderado por Cristina Brito, que em novembro de 2020 foi distinguido com uma bolsa do European Research Council no valor de 10,4M de euros. Outros signatários são o CHAM, o Centro de História da Universidade de Lisboa, a Cátedra UNESCO Ocean’s Cultural Heritage ou o Trinity Centre for Environmental Humanities, entre muitos outros.

Segundo os signatários, a investigação científica atual sobre o passado dos oceanos revela que a exploração continuada do meio marinho tem, “de forma cada vez mais inequívoca”, resultado em “profundos impactos negativos”, nomeadamente nas populações e ecossistemas. Defendem, por isso, que a área das Humanidades deve “ver reconhecido o seu papel central na compreensão dos Oceanos e como um contributo para o avançar da ciência”, conclui o documento.

A NOVA FCSH tem trabalhado na área estratégica dos oceanos a partir de diferentes unidades de investigação e projetos de relevância nacional e internacional. Destes são exemplos o 4-Ocens, já referido, a Cátedra UNESCO “Património Cultural dos Oceanos” ou o curso “Economia Europeia e Crescimento Azul”, integrado na cátedra Jean Monnet em “Política Marítima da EU e Crescimento Azul”.