Pragas nos Periódicos

Destruição do filoxera

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Título

Destruição do filoxera

Criador

S/autor

Fonte

Damião de Goes, 19º Ano, nº 945, p. 2.

Data

07-02-1904

Colaborador

Leonardo Aboim Pires

Text Item Type Metadata

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A propósito da destruição do filoxera, esse terrível flagelo que tantos prejuízos causou e sobre o qual tanto se tem escrito, lemos no Diário Ilustrado o seguinte:
«O agrónomo Coutin tinha uma vinha filoxerada que todos consideravam irremediavelmente perdida. E quando há essa certeza arrancam-se as cepas. Mas ele resolveu, depois de recorrer a várias tentativas inúteis, submete-la ao tratamento de um novo desinfetante chamado “lisol”.
Começou as experiências no inverno de 1900. Envernizou (aceitem a palavra) as cepas com uma dissolução de lisol a 5%. O seu fim é destruir o “ovo d’inverno” do filoxera, o qual, ao chegar o calor, “regenera e dá vitalidade às colónias subterrâneas do inseto”.
O resultado foi completo. A vinha filoxerada, próxima à destruição, arrancada em parte foi recuperando vida, e no ano findo apresentou-se viçosa, dando colheita normal, e não parecendo ter sofrido nenhum ataque. No parece da Academia das Ciências de Paris lê-se textualmente:
“A cura da vinha é hoje absolutamente certa, inegável, e deve atribuir-se à destruição do ovo de inverno pelo liso, à não vida desse ovo, e por consequência, à impossibilidade de uma invasão das raízes por novas colónias, ao mesmo tempo que desaparecem por esgotamento as colónias subterrâneas antigas.»
Pode ser que se tenha encontrado o meio de destruir o filoxera.
Resta apenas saber se o tratamento é prático e económico.

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Colecção

Citação

S/autor, “Destruição do filoxera”. In Damião de Goes, 19º Ano, nº 945, p. 2., 07-02-1904. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 28 de Abril de 2024, http://www.fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1324.

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