O MÍLDIO
Dublin Core
Título
O MÍLDIO
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, 14º Ano, nº 703, p. 2.
Data
18-06-1899
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Com as bruscas mudanças de temperatura principalmente devido ao tempo húmido, apareceu o terrível míldio em algumas vinhas deste concelho.
Esta moléstia começou a fazer-se notar em 1888, e até hoje tem causado enormes prejuízos.
Há vários remédios para combater o terrível mal, mas os que tem dado melhor resultado são os seguintes:
Calda bordalesa – sulfato de cobre, 2 a 3 kilos, segundo a violência do ataque; cal 1 a ½ kilos, na mesma proporção; água, 100 litros.
Calda para combater o míldio e o black-rot – sulfato de cobre, 500 gramas; sabão negro ou verde, 1 kilo; água, 100 litros.
Calda celeste – sulfato de cobre, 200 gramas; água, 100 litros.
Esta calda que reduz muito a percentagem do sulfato, é a mais seguida. A dose de sulfato varia entre 200 a 250 gramas.
Há também quem adicione a esta calda igual proporção de cal, para melhor aderência.
Qualquer viticultor que tenha as suas vinhas invadidas pelo míldio, não se deve demorar em trata-las, a fim de poder ver se ainda pode atenuar o mal. Aqueles que não souberem a forma do emprego e preparação das caldas, devem instruir-se com os lavradores já experimentados nestes tratamentos.
Posto isto, e para os viticultores rotineiros que não acreditam na eficácia do emprego do sulfato de cobre e do verdete contra o míldio, e dos que a esta doença, por ignorância, lhe chamam ar, fraqueza da cepa, febre, etc., vamos relatar-lhes o que vimos e presenciamos nalguns vinhedos dos subúrbios desta vila.
As vinhas apresentam um lindo aspeto e uma produção abundantíssima naquelas onde se fizeram os tratamentos cúpricos. As que não tiveram esse tratamento estão atacadas de míldio e se não lhes acudirem urgentemente pode considerar-se perdida toda a novidade.
Estivemos também numa vinha em que se sulfatou uma parte, deixando-se à mercê do acaso. A que foi sulfatada está linda, a que o não foi não se lhe aproveita um cacho!
Terrível lição para os viticultores teimosos e rotineiros!
Esta moléstia começou a fazer-se notar em 1888, e até hoje tem causado enormes prejuízos.
Há vários remédios para combater o terrível mal, mas os que tem dado melhor resultado são os seguintes:
Calda bordalesa – sulfato de cobre, 2 a 3 kilos, segundo a violência do ataque; cal 1 a ½ kilos, na mesma proporção; água, 100 litros.
Calda para combater o míldio e o black-rot – sulfato de cobre, 500 gramas; sabão negro ou verde, 1 kilo; água, 100 litros.
Calda celeste – sulfato de cobre, 200 gramas; água, 100 litros.
Esta calda que reduz muito a percentagem do sulfato, é a mais seguida. A dose de sulfato varia entre 200 a 250 gramas.
Há também quem adicione a esta calda igual proporção de cal, para melhor aderência.
Qualquer viticultor que tenha as suas vinhas invadidas pelo míldio, não se deve demorar em trata-las, a fim de poder ver se ainda pode atenuar o mal. Aqueles que não souberem a forma do emprego e preparação das caldas, devem instruir-se com os lavradores já experimentados nestes tratamentos.
Posto isto, e para os viticultores rotineiros que não acreditam na eficácia do emprego do sulfato de cobre e do verdete contra o míldio, e dos que a esta doença, por ignorância, lhe chamam ar, fraqueza da cepa, febre, etc., vamos relatar-lhes o que vimos e presenciamos nalguns vinhedos dos subúrbios desta vila.
As vinhas apresentam um lindo aspeto e uma produção abundantíssima naquelas onde se fizeram os tratamentos cúpricos. As que não tiveram esse tratamento estão atacadas de míldio e se não lhes acudirem urgentemente pode considerar-se perdida toda a novidade.
Estivemos também numa vinha em que se sulfatou uma parte, deixando-se à mercê do acaso. A que foi sulfatada está linda, a que o não foi não se lhe aproveita um cacho!
Terrível lição para os viticultores teimosos e rotineiros!
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “O MÍLDIO”. In Damião de Goes, 14º Ano, nº 703, p. 2., 18-06-1899. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 17 de Maio de 2024, http://www.fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1277.