ASSUNTOS AGRÍCOLAS
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Título
ASSUNTOS AGRÍCOLAS
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, 10º Ano, nº 481, p. 2.
Data
17-03-1895
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
M. Chatin acaba de chamar a atenção da Sociedade Nacional de Agricultura, em França, sobre um novo produto destinado a combater simultaneamente o míldio e o oídio, e a substituir a calda bordalesa com um dispêndio de menos de metade. Trata-se do emprego do lysol.
M. Michel Perret chegou a outra solução, qual é a de tomar cal em pasta e dissolve-la até obter uma calda clara.
Acrescenta-se-lhe então uma quantidade igual de melaço e faz-se coser tudo até que fique reduzido a um quarto o peso da matéria. Passa-se esta por um moinho de café e adiciona-se-lhe a quantidade de cobre necessário, no estado de sulfato em pó. Obtém-se assim um pó que se dissolve facilmente.
Na nota sobre o tratamento do míldio pelo lysol, apresentada à Academia das Ciências, diz M. Chatin, em nome de M. Sipière, que sendo o lysol um forte anticriptogâmico e tendo, como tal, dado os melhores resultados, obteve de um viticultor do Herault a permissão de ensaiar essa parasiticida numa larga escala. As soluções empregadas nas experiências variaram 1/1000 até 10/1000. […] A solução prática a que M. Sipière chegou definitivamente é a de 5/1000 (5 gramas de lysol num litro de água). Nesta dose a eficácia daquele produto atingiu o mesmo nível que o da calda bordalesa geralmente adotada.
Quanto à parte económica, o emprego do lysol deve dar ao viticultor uma economia anual de 28%. […] O novo processo de tratamento do míldio resume-se nas pulverizações, pela forma até agora adotada.
O tratamento deve compreender três operações anuais, cada uma na dose de 5% (500 gramas de lysol por 100 litros de água comum). A época de cada operação deve ser: para a primeira de 20 a 30 de Abril; para a segunda, de 1 a 8 de Maio, e para a terceira, de 1 a 8 de Junho.
Claro está que, quanto a nós, se teria de atender às necessárias modificações, quer relativamente à parte económica, quer à época de tratamento.
M. Michel Perret chegou a outra solução, qual é a de tomar cal em pasta e dissolve-la até obter uma calda clara.
Acrescenta-se-lhe então uma quantidade igual de melaço e faz-se coser tudo até que fique reduzido a um quarto o peso da matéria. Passa-se esta por um moinho de café e adiciona-se-lhe a quantidade de cobre necessário, no estado de sulfato em pó. Obtém-se assim um pó que se dissolve facilmente.
Na nota sobre o tratamento do míldio pelo lysol, apresentada à Academia das Ciências, diz M. Chatin, em nome de M. Sipière, que sendo o lysol um forte anticriptogâmico e tendo, como tal, dado os melhores resultados, obteve de um viticultor do Herault a permissão de ensaiar essa parasiticida numa larga escala. As soluções empregadas nas experiências variaram 1/1000 até 10/1000. […] A solução prática a que M. Sipière chegou definitivamente é a de 5/1000 (5 gramas de lysol num litro de água). Nesta dose a eficácia daquele produto atingiu o mesmo nível que o da calda bordalesa geralmente adotada.
Quanto à parte económica, o emprego do lysol deve dar ao viticultor uma economia anual de 28%. […] O novo processo de tratamento do míldio resume-se nas pulverizações, pela forma até agora adotada.
O tratamento deve compreender três operações anuais, cada uma na dose de 5% (500 gramas de lysol por 100 litros de água comum). A época de cada operação deve ser: para a primeira de 20 a 30 de Abril; para a segunda, de 1 a 8 de Maio, e para a terceira, de 1 a 8 de Junho.
Claro está que, quanto a nós, se teria de atender às necessárias modificações, quer relativamente à parte económica, quer à época de tratamento.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “ASSUNTOS AGRÍCOLAS”. In Damião de Goes, 10º Ano, nº 481, p. 2., 17-03-1895. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 21 de Maio de 2024, http://www.fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1195.