Pragas nos Periódicos

VITICULTURA

Dublin Core

Título

VITICULTURA

Criador

S/ autor

Fonte

O Jornal de Cantanhede, n.º 302, pág. 2, col. 3, 4

Data

30-03-1895

Colaborador

Pedro Barros

Text Item Type Metadata

Text

Na 4.ª sessão do congresso vitícola foi discutido o seguinte parecer do Sr. Barros e Cunha sobre viveiros e enxertias:
«1.ª Os viveiros devem ser feitos em bom terreno ligeiro, e este ser bem drenado, se o não for naturalmente. É conveniente o emprego de adubos.
2.ª Para os viveiros de enxertias o melhor processo é enxertar estaca sobre estaca, em fenda inglesa, com ligadura de rolha, ráfia ou junça. O comprimento das estacas-cavalo; não deve ser inferior a 40 centímetros.
3.ª É conveniente em todas as castas e indispensável nas de difícil soldadura, como a Rupestris e suas derivadas, a supressão profunda de todos os botões do cavalo, com excepção do inferior.
4.ª Como regra geral deve plantar-se plantas soldadas e raizadas; como excepção porem para certas castas e muito fácil raizamento e enxertia pode admitir-se a plantação de estacas para enxertia in situ.
5.ª A enxertia na mão para plantação definitiva dá péssimos resultados.
6. ª. Na enxertia in sito dá melhores resultados no Douro a fenda inglesa e no resto do país a fenda cheia.
7.ª Quando a cepa tem grossura superior à do garfo que se lhe quer adaptar emprega-se a fenda simples; quando esta diferença é considerável a enxertia lateral.
8.ª A enxertia herbácea não tem dado resultados, e a enxertia de borbulha não é operação praticável em grande escala.
9.ª A melhor época de enxertia é a primavera. Querendo fazer-se a enxertia de Outono, deve ser antes da paragem da vegetação, isto é, em fins de Outubro ou princípios de Novembro.
10.ª Os híbridos américo-viníferos têm mais afinidade à enxertia do que os americanos puros.
11.ª É muito para desejar que se proceda a um estudo metódico das castas portuguesas sob os pontos de vista: a) da afinidade com as principais variedades americanas; b) da susceptibilidade à clorose.
12.ª O congresso recomenda às câmaras municipais a conveniência de criar viveiros para fornecerem aos viticultores menos abastados as plantas mais adequadas aos terrenos dos respectivos concelhos, conforme indicações dos agrónomos distritais.

Ficheiros

Citação

S/ autor, “VITICULTURA ”. In O Jornal de Cantanhede, n.º 302, pág. 2, col. 3, 4 , 30-03-1895. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 7 de Maio de 2024, http://www.fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1101.

Geolocalização